O surfista João Chianca, o Chumbinho, foi pego de surpresa ao ser avisado que não poderia levar pranchas personalizadas às vésperas dos Jogos. O local de Saquarema customizou oss próprio equipamentos com a imagem do Cristo Redentor, mas o Comitê Olímpico Internacional (COI) proíbe manifestações religiosas durante o evento.
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Segundo o regulamento 50 da Olimpíada, "não é permitido nenhum tipo de manifestação ou propaganda política, religiosa ou racial". Com isso, o COI notificou o brasileiro, que precisou trocar as pranchas de última hora antes da estreia em Paris-2024.
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— Acabo de receber a notícia de que a pintura não está autorizada nos Jogos Olímpicos porque Cristo é uma figura religiosa. E os jogos têm se centram na neutralidade total. Obrigado a todos pelo apoio, essas pranchas estão lindas. Sempre buscarei refazer essa pintura — comentou Chumbinho nas redes sociais.
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Dois pesos, duas medidas - A conferência dos bispos da Igreja Católica Francesa e líderes religiosos espalhados pelo mundo protestaram contra uma encenação protagonizada por drag queens, associada à Santa Ceia, que fez parte do roteiro de atrações da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris.
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Para a entidade francesa, o retrato bíblico de Jesus Cristo com os seus apóstolos recriado pelos organizadores da festa foi um "escárnio" e uma "zombaria com o Cristianismo". Ainda disse lamentar por "todos os cristãos" que foram "feridos pela ofensa e provocação de certas cenas".
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"Nossos pensamentos estão com todos os cristãos de todos os continentes que foram feridos pela ofensa e provocação de certas cenas", disse o grupo de bispos, em nota. "Esperamos que eles entendam que a celebração olímpica se estende muito além das preferências ideológicas de alguns artistas", acrescentou.
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A conta oficial das Olimpíadas na rede social X (ex-Twitter) tentou justificar o episódio descrevendo parte da cena como representando "o deus grego Dionísio" conscientizando as pessoas "do absurdo da violência entre seres humanos".
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Os religiosos, porém, interpretaram que a adaptação como uma zombaria da famosa pintura de Leonardo da Vinci.
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O diretor artístico do espetáculo, Thomas Jolly, negou que a sua intenção, ao recriar a cena, foi de provocar e fala em celebração da diversidade. "Meu desejo não é ser subversivo, nem zombar ou chocar," disse Jolly. "Acima de tudo, eu queria enviar uma mensagem de amor; de inclusão e não de divisão."
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O padre dominicano Nelson Medina afirmou que, por conta a recriação da Santa Ceia, "não vai assistir a uma única cena dos Jogos Olímpicos". "Que repugnante o que fizeram zombando do Senhor Jesus Cristo e seu supremo dom de amor.
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Ainda, segundo o pároco, “os idealizadores da cena são covardes e não mexeriam com Maomé", referindo-se a um possível incidente diplomático e até mesmo conflito religioso com a comunidade muçulmana, a qual não teria provavelmente o mesmo grau de tolerância ante o fato, em comparação ao povo cristão.
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